sábado, 30 de maio de 2015

Pela primeira vez quero tudo o que é meu.


Pela primeira vez, assumo não saber ao certo qual é o meu destino. E também, pela primeira vez, consigo conciliar essa incerteza com o trabalho de tirar conclusões com o meu próprio coração através do cotidiano.
Pela primeira vez, não estou na felicidade absoluta mas também não me encontro naquele abismo sem fim de alguns meses atrás. Vivo com a minha felicidade interna, que nem sempre é estampada com um sorriso de orelha a orelha no rosto. Muitos dos que vivem com ele por aí, têm algo a esconder. Uma fraqueza tremenda acompanhada do medo de revelá-la.
Pela primeira vez, falei em voz alta. Dois mil e quinze chegou não só com mudanças, mas com as palavras que um dia apenas foram escritas. Elas foram pronunciadas. Dissertei dizendo o que deu na mente, o que acho certo, o que acho errado. Sem me importar com aqueles que não aplaudiram, afinal, desde pequena sou cabeça-dura e quase nunca consigo ser moldada por um outro alguém.
Não pela primeira vez, mas na definitiva, esqueci de vez aquele que não me fazia bem. Quem sou eu para classificar aquilo de amor, se, afinal, não havia reciprocidade nem nos cumprimentos? O amor a gente descobre nos atos, ao olhar pra cara um do outro, ao sentir o gosto do beijo e a vontade de morar nos abraços.
Pela primeira vez, me sinto renovada. Não acho que eu esteja preparada, mas também tenho a certeza de que não nasci vazia. Eu vim aqui pra alguma coisa, e garanto que agora estou disposta a carregar as consequências nas costas e ir pra onde o destino me mandar.
Não tenho certeza do que farei, e se isso dependerá de um computador ou dos livros.
Porém, pela primeira vez, sei que descobrirei isso sozinha, calada, vivendo da mesma forma que sempre vivi. Nem que demorem anos, décadas, séculos se precisar.
Eu só não tô afim de jogar tudo pro alto e fingir que não quero nada. Porque durante muito tempo fingi, e hoje sei que eu quero é tudo.
Pela primeira vez, quero tudo o que é meu e tudo de bom que o tempo me acrescentará.

2 comentários:

  1. Meu Deus, escreva o tempo todo Isa. Morra escrevendo, ainda vou caçar seus textos pra te ler em algum lugar. Voltei a blogar, e estava te caçando por aí, até que tive a brilhante ideia de voltar em uma postagem antiga minha e clicar no seu perfil, nossa, Pedro, como não pensou nisso antes.

    Pocha, não suma, por favor, certo? Quanto mais eu lia, gostava ainda mais do seu eu, você escreve com o seu interior, e eu admiro isso. Beijos, Isa!

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    1. Oi, Kuroh! É uma honra tê-lo aqui assim, do nada!

      Acho que tudo tem um fim, certo? Então. Acho que morrer escrevendo já não é mais uma das minhas prioridades.

      Mas de qualquer forma, obrigada mesmo, do fundo do meu coração!
      Beijos!

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